Manifestação

“Chega de Silêncio” - Santa Casa de Ourinhos integra movimento e colaboradores fazem grande mobilização

A atual crise financeira enfrentada pelo setor filantrópico fez com que a CMB (Confederação das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Filantrópicos) organizasse o movimento “Chega de Silêncio”, que teve seu dia de mobilização nacional hoje e que contou com a maciça participação dos colaboradores da Santa Casa de Ourinhos.

Logo pela manhã, centenas de colaboradores vestidos de preto em sinal de protesto reuniram-se em frente ao prédio da Santa Casa chamando a atenção da população, informando sobre a importância do apoio de toda a sociedade e também colhendo assinaturas para um abaixo-assinado.

O vereador Alexandre Araujo Dauage, Alexandre Zoio, também estava presente. “Apoio o movimento, pois sei o quanto nossa população precisa da Santa Casa. Estamos unindo forças para que aconteça um aumento nos repasses. Os profissionais da saúde precisam sim ganhar salários dignos e os hospitais filantrópicos precisam de ajuda”.

Na sequência, foram até a praça Mello Peixoto para panfletagem, informações sobre o movimento e atendimentos como aferição de pressão e glicemia.

O “Chega de Silêncio” pede a alocação imediata de R$ 17,2 bilhões anuais para o equilíbrio econômico e financeiro dos hospitais de todo o país com o SUS. Desde o início do plano real, em 1994, a tabela SUS e seus incentivos foi reajustada, em média, em 93,77%, enquanto o INPC (Índice de Preços no Consumidor) foi em 636,07%, o salário-mínimo em 1.597,79% e o gás de cozinha em 2.415,94%.

Este descompasso brutal representa R$ 10,9 bilhões por ano de desequilíbrio econômico e financeiro na prestação de serviço ao SUS, de todo o segmento. A preocupação em manter o trabalho tem, agora, outro alerta: tramita na Câmara Federal, com votação prevista para os próximos dias, o projeto de lei 2564/20, originário e aprovado no Senado, e que institui o piso salarial da enfermagem.

A Santa Casa de Ourinhos não é contra o Projeto de Lei do piso da enfermagem, mas, como os outros hospitais filantrópicos, precisa de ajuda para pagar os salários e as obrigações trabalhistas.

Se não houver políticas imediatas, consistentes, de subsistência aos hospitais, dificilmente suas portas se manterão abertas e a desassistência da população é fatal.