NOVO SERVIÇO

Santa Casa terá Ambulatório para tratamento de dor

A Santa Casa de Ourinhos está entre os 50 melhores hospitais do país e seu atendimento de excelência será potencializado com um novo serviço que passará a funcionar a partir de 06 de janeiro. O hospital terá um Ambulatório para tratamento de dor crônica e dor aguda.

O atendimento será realizado todas as segundas-feiras.O ambulatório funcioná dentro da Unidade de Oncologia – antigo Hospital Dr. Monzillo - e em um primeiro momento atenderá particular e convênios, contudo a Santa Casa vai trabalhar intensamente para conseguir o credenciamento do serviço pelo SUS, o qual exige primeiro que o serviço esteja funcionando para que o Ministério da Saúde avalie o possível credenciamento. Vale lembrar que a cidade mais próxima no Estado de São Paulo com o atendimento para tratamento de dor é Ribeirão Preto.

Segundo a médica anestesiologista, especialista em dor e responsável pelo novo Ambulatório, Dra. Danielle Mazetto Cadide, pelo menos 37% da população brasileira, ou seja, 60 milhões de pessoas, relatam sentir dor de forma crônica. “É aquela dor que persiste por mais de três meses. Entre as dores mais comuns estão a lombar, nas articulações, face, boca, pescoço, dores de cabeça, enxaquecas e neuropatia. A dor causa um sintoma desagradável em quem está doente, mas também traz repercussões biológicas, psicológicas, sociais, espirituais, isolamento, sentimento negativo e problemas de ordem familiar”.

A dor crônica e a dor aguda são diferentes em muitos aspectos e necessitam de abordagem distinta. “A dor aguda geralmente é nociceptiva, ou seja, resulta de lesão ou inflamação de tecido somático ou visceral, já a dor crônica pode ser nociceptiva ou neuropática, isto é, resultante da manutenção neuronal da dor, tanto perifericamente como no sistema nervoso central, embora muitas vezes os mecanismos coexistam.
As dores provenientes de inúmeras patologias são tratadas ou simplesmente controladas com a utilização de técnicas minimamente invasivas. No mundo, inclusive no Brasil, a medicina intervencionista em dor vem crescendo muito”.

O tratamento da dor nas instituições hospitalares têm grandes benefícios aos pacientes. “Não só minimiza e elimina o desconforto, mas também facilita a recuperação, evita efeitos colaterais relacionados ao tratamento, sem contar que é um tratamento com baixo custo, que previne complicações advindas de sua ocorrência, que poderiam estar relacionadas com o aumento da morbidade e aumento do período de internação. Devido a sua prevalência, ênfase tem se dado à melhoria da qualidade da assistência ao paciente que sofre com a dor nas instituições hospitalares. O tratamento da dor tem como alicerce a monitoração padronizada, os protocolos para uso de analgésicos e controle dos efeitos colaterais e do treinamento dos profissionais que serão responsáveis pela analgesia”, explicou a médica.

Dra. Danielle é formada em medicina pela Universidade Regional de Blumenau, tem título de especialista em Anestesiologia (TEA) pela Sociedade Brasileira de Anestesiologia, tem título de área de atuação em Dor pela Sociedade Médica Brasileira (AMB), é pós- graduada em Dor e Cuidados Paliativos pela UNINGÁ, fez o aperfeiçoamento Observership in Pediatric Acute Pain and Pediatric Anesthesia in The Hospital for Sick Children at Toronto-CA, também o aperfeiçoamento em Uso de Ultrassom para o Manejo da Dor pela HC-FMUSP- SP, curso de Imersão em Anestesia Pediátrica pela Sociedade Brasileira de Anestesiologia, curso de Tratamento Intervencionista da Dor Oncológica e Crônica pela SOBRAMID, curso de Bloqueios Regionais guiado por Ultrassom pela Sociedade Brasileira de Anestesiologia, curso de Bloqueios guiados por Ultrassom pela Universidade Estadual de Londrina, é especializanda em Clínica Intervencionista da Dor pelo HCFMRP- USP, também é Membro ativo da Sociedade Brasileira de Dor, Membro ativo da Sociedade Brasileira de Medicina Intervencionista da Dor, Coordenadora do ambulatório de Dor no Hospital Unimed Norte do Paraná, Membro ativo da Sociedade Brasileira de Anestesiologia e faz parte da Comissão Organizadora do Congresso Sul- Brasileiro de Dor, que vai acontecer em setembro de 2020, em Curitiba.